Buscando soluções para lidar com a crise climática, atingir as metas propostas no Acordo de Paris e preocupados com a carência de recursos públicos suficientes para combater o desmatamento, o estado de Rondônia viu na Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+) uma estratégia prática para gerar receita e conservar florestas ao mesmo tempo.
Como explica a matéria divulgada pela Página 22, revista referência do tema sustentabilidade no Brasil, o estudo elaborado pelo Idesam que será seguido pelo estado planeja atrair investimentos para gerar recursos por meio dos mercados de carbono, uma abordagem baseada no crescimento que já vinha antes da crise e que promete voltar a crescer após a recuperação, como analisa o nosso CEO, Plínio Ribeiro.
“Por questão de caixa diante da emergência da Covid-19, os mercados deram apenas um pause, mas não desligaram o processo que mostrava tendência de aquecimento nos seis meses antes da atual crise, quanto se registrou forte aumento da demanda por créditos de carbono florestais”
Rondônia tem hoje 75% de suas florestas remanescentes protegidas legalmente e os 25% restantes em terras privadas, e é uma das regiões da Amazônia historicamente mais degradadas. Mantendo-as em pé por meio dos projetos REDD+, o estudo que fundamenta a estratégia prevê que de 2016 até 2030 seja evitada a emissão de 156 milhões de toneladas de carbono e a partir dos créditos de carbono gerados sejam levantados cerca de US$ 780 milhões para o estado.
O conteúdo destaca também o trabalho de alguns projetos, como o Projeto REDD+ Rio Preto-Jacundá, uma iniciativa modelo para o estado de Rondônia que já possibilitou às comunidades locais um faturamento de R$3,5 milhões, revertidos para o seu desenvolvimento, fruto do uso sustentável da floresta e, consequentemente, dos créditos de carbono gerados e vendidos pela Biofílica para neutralizar emissões de organizações do Brasil e do mundo.
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