O mercado voluntário de carbono tem o potencial de ajudar as nações não apenas a atingir, mas a superar as suas metas no Acordo de Paris, de acordo com uma nova análise compilada pela Aliança REDD+ Brasil.
A nova análise apresenta novos dados que mostram um interesse renovado no mercado voluntário de carbono, a partir dos compromissos assumidos por grandes corporações em reduzir e compensar as suas emissões, proporcionando um novo momento para o mercado voluntário de carbono, que estava cercado de dúvidas e incertezas nos últimos anos.
O Diretor Geral da BVRio, Pedro Moura Costa disse: “É encorajador ver que os compromissos voluntários com a mitigação das mudanças climáticas estejam crescendo em um ritmo tão acelerado. Nossa análise mostra que eles podem ter um impacto tangível, crítico na redução das emissões de carbono. É importante, no entanto, que essas transações sejam conduzidas fora das contas oficiais da UNFCCC, de modo que seu impacto climático seja realmente um acréscimo aos esforços existentes no âmbito dos Acordos de Paris.”
Cobertura setorial da NDC | Ajustes correspondentes | Outros impactos | Impacto Climático | |
Mercados regulados
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Coberto pela NDC | Solicitado pela UNFCCC | Negativo – Impacto na capacidade do país anfitrião em cumprir sua NDC | Neutro |
Não coberto pela NDC | Solicitado pela UNFCCC | Positivo – Não afeta a capacidade do país anfitrião em cumprir sua NDC. Abre caminho para a expansão do escopo da NDC | Adicional | |
Mercados voluntários
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Não coberto pela NDC | Não é necessário | Positivo – Não afeta a capacidade do país anfitrião em cumprir sua NDC | Adicional |
Coberto pela NDC | Não é necessário | Positivo – Contribui para o esforço do país em cumprir sua NDC | Neutro | |
Coberto pela NDC | Exigência do comprador | Negativo – Impacto na capacidade do país anfitrião em cumprir sua NDC | Neutro |
Pedro Soares, Gerente de Mudanças Climáticas e Serviços Ambientais do IDESAM, disse: “Os mercados voluntários de carbono podem desempenhar um papel importante para promover uma economia “carbono neutro” nos próximos anos. Empresas e investidores já demonstraram interesse em se engajar em iniciativas positivas que busquem reduzir e remover as emissões de GEE, por meio de projetos e programas de REDD +”.
O recém lançado Programa Floresta + apoia o desenvolvimento de projetos voluntários de REDD + e não autoriza a transferências de créditos internacionais. De acordo com a análise, isso cria a base para o desenvolvimento de projetos que geram impactos climáticos globais positivos, contribuindo para as metas climáticas do país. É importante, no entanto, que esses projetos complementem, ao invés de substituir, as políticas e iniciativas governamentais para a redução das emissões de GEE no setor de uso da terra no Brasil.
“Para desenvolvedores de projetos de carbono florestal, o programa Floresta + é um avanço histórico e envia um forte sinal de que é do interesse do Brasil aumentar o investimento privado em conservação e restauração florestal”, afirmou Plínio Ribeiro, Cofundador e CEO, Biofílica.
“O mercado voluntário de carbono provou sua eficácia na conservação florestal; seu crescimento esperado pode atrair mais recursos para evitar o desmatamento e a degradação florestal em grande escala.”
Plínio Ribeiro
Cofundador e CEO
Biofílica Investimentos Ambientais
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