Conservar o meio ambiente deixou, há tempos, de ser um ato que envolve apenas questões de teor ambiental. Está cada vez mais claro e comprovado que os impactos causados pelo aquecimento global, queima de combustíveis fósseis, descarte incorreto do lixo e esgoto, corte e degradação de florestas, entre outras ações do homem, comprometem a sobrevivência e prosperidade da humanidade e da sociedade.
Uma das maiores ameaças ao meio ambiente é a antiga mentalidade de que o crescimento econômico está associado à exploração massiva e sem planejamento dos recursos naturais. Um estudo publicado pelo Instituto Escolhas demonstra que o desmatamento no Brasil não traz retornos significativos para a economia. Caso fosse zerado ou pelo menos diminuído, a economia do país não seria impactada e praticamente não haveria perdas sociais, que ainda assim poderiam ser compensadas com melhorias na produtividade da pecuária em áreas já desmatadas, mas mal utilizadas. Por outro lado, se o desmatamento continuar no mesmo ritmo, a previsão é que o fim das florestas esteja mais próximo do que se imagina. No estado do Maranhão, por exemplo, é estimado que até 2022, se nada for feito, já não haja o que desmatar.
Dados como esses despertaram em investidores e empresas preocupados com a conservação dos recursos naturais e a produção sustentável o interesse em projetos REDD+, que se mostram muito efetivos para combater o desmatamento e fomentar desenvolvimento socioeconômico de comunidades da Amazônia.
Para o agronegócio, responsável por 21,6% do PIB brasileiro1 segundo o Ministério da Agricultura, o interesse em preservar florestas é ainda maior. O desmatamento afeta, por exemplo, o regime de chuvas, fundamental para 90% das áreas de cultivo do país que não possuem sistema de irrigação. A destruição da vegetação prejudica ainda a qualidade do solo, provoca erosões e mudanças climáticas que influenciam diretamente a produção. Em vista desses prejuízos que já são sentidos pelo setor, é possível entender a importância da Novo Código Florestal em vigor no Brasil, que possui exigências como as Áreas de Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente, medidas que favorecem a conservação de áreas de mata nativa e torna viável a harmonia entre a agropecuária e a conservação dos recursos naturais.
8 erros que você pode evitar na Compensação de Reserva Legal
Se hoje vemos uma crescente mobilização a favor da conservação do meio ambiente, muito se deve a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, que em 5 de junho de 1972 chamou atenção e deu início a mudanças na maneira de tratar os problemas ambientais pouco discutidos anteriormente.
“Chegamos a um momento da história em que devemos orientar nossos atos em todo o mundo com particular atenção às consequências que podem ter para o meio ambiente. Por ignorância ou indiferença, podemos causar danos imensos e irreparáveis ao meio ambiente da terra do qual dependem nossa vida e nosso bem-estar. Ao contrário, com um conhecimento mais profundo e uma ação mais prudente, podemos conseguir para nós mesmos e para nossa posteridade, condições melhores de vida, em um meio ambiente mais de acordo com as necessidades e aspirações do homem.”
Declaração de Estocolmo sobre o ambiente humano – 1972
A frase, que mesmo após 48 anos continua atual, revela o quanto ainda precisamos aumentar esforços. Este ano, em meio a pandemia que também está servindo para ponderar sobre o que vem sendo feito por todas as partes para salvar o planeta, a anual conferência não poderá ser realizada presencialmente, mas está transmitindo com ações virtuais estímulos para o debate sobre nossa relação com a natureza. Confira aqui a programação
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1 Fonte: G1 – Por que o futuro do agronegócio depende da preservação do meio ambiente no Brasil.